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Forte adesão; envolvimento da comunidade; muita animação; sessões únicas; espetáculos singulares e convidados dedicados. Nestes ingredientes esteve a receita de sucesso para a 11.ª edição da Maratona de Leitura, que bateu todos os recordes e terminou em apoteose, com mais de 6000 participantes ao longo de três dias. Quando pelas 10h do dia 6 de julho se deu início à Maratona de Leitura, com a inauguração da exposição «Cancioneiro Tradicional: Memória e Imaginário», estava dado o mote para mais de 50 horas de atividades, numa jornada de grande intensidade e brilhantismo dedicada ao tema do «Imaginário». Carlos Miranda, presidente da Câmara Municipal da Sertã, explicou, numa das intervenções que protagonizou neste evento, que "a Maratona de Leitura tem uma marca muito própria e essa marca resulta de uma ligação muito estreita ao território. Ela é um fator de valorização do território. Estamos a qualificar o nosso território através da cultura mas, ao mesmo tempo, estamos a dar a descobrir esse mesmo território a todas as pessoas que nos visitam durante a Maratona de Leitura". |
Para o autarca, este é um processo muito importante, porque "estamos a atrair talento e criatividade para o território e isso vai ter cada vez mais reflexos económicos e sociais".
Por seu lado, Suzana Menezes, diretora da Direção Regional de Cultura do Centro, aproveitou a sua presença para lembrar que a "Maratona de Leitura é um dos eventos âncora da região Centro em termos culturais", destacando "o importante papel da cultura para nos transformamos como pessoas, melhorar a nossa qualidade de vida e capacitar-nos enquanto cidadãos".
A cultura, que o presidente da Câmara da Sertã recordou ser "um direito tão básico e fundamental como qualquer outro", esteve bem presente em todas as 80 atividades, que aconteceram em vários locais do concelho.
Um dos momentos altos da edição deste ano aconteceu na Igreja da Misericórdia, que encheu por completo para ouvir Mia Couto falar da sua vida e obra. A moldura humana foi também impressionante nas sessões onde estiveram os criadores da personagem Bruno Aleixo (túnel do Moinho das Freiras) e os escritores Gonçalo M. Tavares e Ana Bárbara Pedrosa (Jardim da Serrada), sem esquecer as enchentes registadas no Cineteatro Tasso tanto na cerimónia de abertura, como no início das 24 horas a ler.
Os espetáculos que decorreram ao longo da Maratona de Leitura registaram igualmente comentários muito favoráveis, além de uma forte adesão de público. Exemplo disso foi o que se passou no Castelo da Sertã, com o espetáculo Stand Up Poetry e o concerto dos Poetry Ensemble, ou na Casa da Cultura, em que Marco Figueiredo, Miguel Calhaz e Rui David apresentaram "Silêncio, que se vai cantar poesia".