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Município inaugura espaços ligados à história e aos ofícios

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Na semana em que se comemora o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios (18 de abril), o Município da Sertã irá inaugurar dois espaços ligados, respetivamente, à história e aos ofícios do Concelho.

  Assim, a 20 de abril serão inaugurados o CIAR – Centro de Interpretação de Arte Rupestre e o NuMOAS – Núcleo Museológico e Oficina de Artesanato da Sertã, conforme o seguinte programa:

9H30M – Receção dos convidados, Largo do Figueiredo
10H00M – Início do trecho do percurso pedestre (cujo itinerário possui certificação Herity)
11H30M – Inauguração do CIAR – Centro de Interpretação de Arte Rupestre e da Unidade de Alojamento Local (antiga Escola Primária do Figueiredo)
16H00M - Inauguração do NuMOAS – Núcleo Museológico e Oficina de Artesanato da Sertã, na antiga Escola Primária Conde de Ferreira, na Alameda da Carvalha, Sertã

 

CIAR – Centro de Interpretação de Arte Rupestre
Localizado na antiga Escola Primária do Figueiredo, na União de Freguesias de Ermida e Figueiredo, após obras de requalificação e conversão, é uma nova valência que permite interpretar, valorizar e divulgar as Estações Arqueológicas da Lajeira e Fechadura.
Para além da parte vocacionada para a interpretação das estações de arte rupestre, o CIAR contempla ainda espaço dedicado a unidade de alojamento local. Ali os visitantes poderão pernoitar e usufruir de tudo aquilo que o Turismo de Natureza tem para oferecer. Poderão também pernoitar estudantes que pretendam realizar trabalhos, estudos ou teses tendo como base as insculturas arqueológicas ou o território. A classificação das Estações de Arte Rupestre da Fechadura e da Lajeira como sítios de interesse público pelo Estado Português, em 24 de julho de 2014 e a 8 de agosto 2014, respetivamente, reflete o seu interesse como testemunho simbólico ou religioso, testemunho notável de vivências ou factos históricos, o seu valor estético e técnico intrínsecos e a sua importância do ponto de vista da investigação histórica e científica. Refira-se ainda que o itinerário onde se incluem as estações arqueológicas foi alvo de certificação Herity em novembro de 2013, ano em que foi criado, no âmbito de uma candidatura às Aldeias do Xisto, o percurso PR5 SRT - Rota dos Pastores e da Lajeira – Caminho do Xisto de Ermida e Figueiredo, que permite visitar ambas as estações arqueológicas.
  NuMOAS – Núcleo Museológico e Oficina de Artesanato da Sertã

O NuMOAS – Núcleo Museológica e Oficina de Artesanato da Sertã resulta de uma parceria entre a AproSer (Associação de Produtores do Concelho da Sertã) e a Câmara Municipal da Sertã. Localiza-se na antiga Escola Primária Conde Ferreira, conhecida também como Escola da Carvalha, um edifício com elevada importância a nível histórico, visto ter sido a primeira escola primária construída de raiz no Concelho da Sertã. Foi uma das 120 escolas primárias mandadas construir no país pelo primeiro Conde de Ferreira. A requalificação do edifício, propriedade da Junta de Freguesia da Sertã, teve por base a intenção de manter o exterior fiel à sua traça original.

O espaço surgiu como resposta à necessidade de um local de exposição/oficina de artesanato sertaginense, dividido em diversos espaços distintos de manuseamento de materiais: Madeira, Têxteis, Linho e Artes Diferenciadas.

Inicialmente fazem parte do NuMOAS cerca de dez artesãos sertaginenses que constituem o Grupo de Artesãos do Concelho da Sertã afeto à AproSer (Associação de Produtores do Concelho da Sertã). O espaço, aberto ao público e de entrada gratuita, contemplará local de exposição viva assim como espaço de vendas exclusivamente com peças elaboradas pelos artesãos sertaginenses. A principal vocação do NuMOAS reside no estudo, conservação, produção, exposição e divulgação do artesanato, tradições, costumes e património do Concelho da Sertã, com o objetivo de impulsionar os mercados ligados ao Artesanato.

 

Estação Arqueológica da Fechadura

Situada na Serra do Figueiredo, na União de Freguesias de Ermida e Figueiredo, a Estação de Arte Rupestre da Fechadura é constituída por três lajes (Rocha1, Rocha2 e Rocha3), nas quais se reconhece um conjunto de gravuras com uma cronologia apontando para o período entre o Calcolítico e o período romano, com eventuais acrescentos desde a Idade Média até aos nossos dias, prestando assim testemunho da importância simbólica e cultual do local para sucessivas comunidades humanas. A sua situação, junto a um antigo caminho abandonado, indica que as gravuras podem ter sinalizado um antigo termo.
Obtidas por abrasão e incisão filiforme, as gravuras são particularmente interessantes pela grande variedade das representações, incluindo motivos geométricos quadrangulares e retangulares, pontas de seta, uma possível vulva, elementos escutiformes, pentalfas, inscrições alfabetiformes pré-latinas e várias latinas, destacando-se entre esta uma inscrição com caracteres de "tipo ibérico" e latinos, integrando uma suástica de braços retos. A Estação de Arte Rupestre da Fechadura é considerada rara pela grande quantidade de motivos gravados, durante um período temporal muito alargado.

 

Estação Arqueológica da Lajeira
A Estação de Arte Rupestre da Lajeira situa-se na Serra do Cabeço Rainho, na União de Freguesias de Ermida e Figueiredo, sendo constituída por uma rocha de xisto insculturada, com motivos pertencendo na sua generalidade a uma fase de gravação, e cuja cronologia aponta para o período entre o Neolítico Final e a Idade do Bronze. Obtidas por picotagem, as gravuras são de tipo geométrico-simbólico, destacando-se no conjunto as formas em espiral, as composições circulares e as linhas meândricas, algumas combinadas em associações complexas. Estas características, bem como a implantação da rocha, em posição dominante a meia encosta, numa aparente demarcação territorial, permite considerá-la uma das estações mais meridionais do nosso território dentro do círculo da arte galaico-portuguesa, possivelmente combinada com a influência da arte rupestre do Vale do Tejo. Para além das características particulares e da homogeneidade da sua gramática figurativa, a importância da Estação da Lajeira está ainda relacionada com a sua localização numa região com poucos exemplares conhecidos de gravuras rupestres, constituindo um testemunho importante da arte rupestre da nossa pré-história recente.

 

Rota dos Pastores e da Lajeira – Caminho do Xisto de Ermida e Figueiredo
É possível visitar ambas as estações arqueológicas em passeio pedestre seguindo o percurso PR5 SRT - Rota dos Pastores e da Lajeira – Caminho do Xisto de Ermida e Figueiredo, criado em 2013 no âmbito de uma candidatura às Aldeias do Xisto. Para além de poderem visitar as estações de arte rupestre, os pedestrianistas poderão apreciar a paisagem de cortar a respiração e diversos pontos de interesse ao longo do percurso: parque eólico, antigos moinhos de vento, a Ponte das Relvas, a Piscina Fluvial de Santinha com o Parque de Merendas, a Cascata e o Moinho de Água. (consultar folheto para mais informações: distância, duração, tipo de percurso, etc)

Com a inauguração destes espaços, a Câmara Municipal da Sertã amplifica o seu leque de ofertas, enriquecendo o seu potencial turístico. Ao mesmo tempo, reforça a sua importância histórica e etnográfica, perpetuando por um lado a história, e por outro, as tradições, artes e ofícios do Concelho.

Concerto encerrou residência artística

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Recentemente, a Casa da Cultura da Sertã acolheu um concerto que encerrou a residência artística realizada na Vila da Sertã nos dias 21 e 22 de março. Dirigida a alunos do Conservatório de Música de Coimbra e de outras escolas de música e filarmónicas da região, esta residência artística incluiu o I Curso de Instrumentistas de Sopros, Percussão e Acordeão, em que foram lecionadas aulas de diversos instrumentos.

  O principal objetivo consistiu em motivar o processo de aprendizagem, através da partilha de experiências individuais e coletivas, criando hábitos de estudo, ao mesmo tempo que se promoveu o trabalho individual dos alunos, aprofundando aspetos interpretativos de repertório e incentivando e dotando os participantes de meios necessários para o seu auto-aperfeiçoamento técnico-artístico.

Na residência artística participaram 55 alunos internos e externos ao conservatório, provenientes de escolas de música, de bandas e de filarmónicas do concelho. Na Casa da Cultura da Sertã subiram ao palco, perante uma assistência repleta de familiares e amigos, músicos acompanhados de vários instrumentos, nomeadamente; Saxofone, Flauta Transversal, Trompete, Trombone, Trompa, Tuba, Oboé, Clarinete; Percussão, Acordeão ... O espetáculo terminou com entrega dos certificados de participação, pela mão do Diretor do Conservatório de Música de Coimbra, Dr. Manuel Rocha.

Para Cláudia André, Vereadora da Cultura da Câmara Municipal da Sertã, aquele concerto/audição "é a prova do sucesso do investimento que se tem feito na música, sendo o resultado do trabalho de todos".


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Galerias ripícolas e açudes

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A Câmara Municipal da Sertã procedeu recentemente a intervenções de beneficiação em galerias ripícolas e açudes.

A beneficiação de galerias ripícolas resultou de oito candidaturas apresentadas (em 2013) ao Proder, Ação 2.3.3.1 – Promoção do Valor Ambiental dos Espaços Florestais, num montante global de 470.341,41€.

As candidaturas foram aprovadas no decorrer do ano de 2014 e foram intervencionadas em 2015. As intervenções visaram a eliminação da vegetação, através de uma desmatação seletiva (sem impacto ecológico), eliminação de árvores caídas e a remoção de lenhas. 
 

Posteriormente, procedeu-se à seleção de varas, desbaste e desramações quando necessário.

O objetivo geral das candidaturas foi a intervenção nas galerias ripícolas, implementando ações de beneficiação, que permitissem a revitalização de 214 hectares das margens das Ribeiras da Isna, Tamolha e Sertã. Relembre-se que estas ações no terreno só podiam ser realizadas fora dos aglomerados urbanos, ou seja, em contexto de espaço natural.

As ações tiveram como fundamento a consolidação das margens ribeirinhas, sendo fundamental a preservação das árvores e arbustos com valor ecológico e vigor vegetativo, cujos raizames irão garantir a estabilidades das terras e ao mesmo tempo permitir uma adequada circulação das águas no leito das ribeiras.

Ao nível dos açudes, foram realizados trabalhos de desassoreamento em dois açudes na Ponte das Portelinhas, recorrendo aos recursos da própria Camara Municipal. Na localidade de Carga, foi iniciada a construção do açude e ponte de ligação entre as margens, prevendo-se a sua conclusão no decorrer do próximo mês, a tempo de ficar operacional para integrar o dispositivo de combate a incêndios deste ano.

Ao longo de 2016 serão concluídos os trabalhos na Ribeira da Sertã (em três troços distintos), que foram iniciados na mesma altura mas, devido à rápida subida do caudal causada pela pluviosidade, não puderam ser intervencionados.


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Município assinalou efemérides junto dos alunos

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  De 14 a 18 de março, o Município da Sertã comemorou o Dia Internacional das Florestas e o Dia Mundial da Água, que se assinalam a 21 e 22 de Março respetivamente, com uma semana de sensibilização em todos os estabelecimentos escolares do Concelho. Sobre a Floresta, a sensibilização centrou-se na importância das florestas de produção e conservação e na implementação de medidas preventivas contra incêndios florestais. Aos alunos dos jardins de infância e do 1.º ao 4.º ano foi distribuído o folheto 'As cores e as medidas da Floresta', cofinanciado pelo Fundo Florestal Permanente.

No que diz respeito à Água, foi focada a sua relevância enquanto recurso natural e a necessidade de se adotar medidas que visem a poupança deste elemento. A todos os alunos do Concelho, foi oferecida uma garrafa reutilizável evocativa de ambas as efemérides.


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