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Sertã, Ferreira do Zêzere e Figueiró dos Vinhos assinam protocolo de colaboração

Slide-PCMSFF-DMT   No próximo dia 27 de setembro, Dia Mundial do Turismo, os Municípios da Sertã, Ferreira do Zêzere e Figueiró dos Vinhos vão assinar um protocolo de colaboração, numa cerimónia que decorrerá no Edifício dos Paços do Concelho da Sertã, às 18 horas. O protocolo visa o desenvolvimento de projetos assentes na obra dos pintores naturalistas Alfredo Keil, José Malhoa e Túllio Victorino, marcando o arranque da colaboração dos três municípios e abrindo caminho a diversas ações e à criação de projetos de desenvolvimento turístico-cultural.

 

Os três municípios partilham um território histórico-cultural comum, marcado pelo vale do rio Zêzere, que foi procurado, ao longo de séculos por vários artistas para inspiração e cenário de muitas obras, como é o caso do movimento pictórico naturalista. Alfredo Keil, José Malhoa e Túllio Victorino souberam interpretar, valorizar e ampliar o território através da sua arte, não só no concelho onde cada um se fixou, mas também nos concelhos vizinhos, na sequência dos fortes laços de amizade que criaram.

 

A cerimónia de assinatura do protocolo contará com a presença dos Presidentes das Câmaras Municipais de Sertã, Ferreira do Zêzere e Figueiró dos Vinhos e decorrerá no Dia Mundial do Turismo. Refira-se que esta efeméride é celebrada desde 1980 pela Organização Mundial do Turismo, com o objetivo de chamar a atenção para o papel do turismo na comunidade internacional e para a forma como influencia os valores sociais, culturais, políticos e económicos de todo o mundo.

 

Sobre os pintores Alfredo Keil, José Malhoa e Túllio Victorino:
Alfredo Keil nasceu em Lisboa em 1850 e foi compositor, pintor, poeta, arqueólogo e coleccionador de arte português. Foi o compositor do hino nacional português "A Portuguesa". O seu percurso educativo decorreu na Alemanha, berço do romantismo. O regresso a Portugal, por ocasião do Ultimato inglês, inspirou-o na composição d' "A Portuguesa". Pintava regularmente, sobretudo paisagens e interiores requintados. Em 1890, realizou uma exposição individual em Lisboa, bastante concorrida, na qual expôs cerca de trezentos quadros. Foi o seu momento de consagração em Portugal. Anteriormente tinha alcançado já reconhecimento fora de portas com a participação. Alfredo Keil também escrevia, tendo publicado diversas obras de onde se destaca "Tojos e Rosmaninhos" (1908) obra inspirada nas lendas e tradições de Ferreira do Zêzere. Na Biblioteca Municipal Dr. António Baião, em Ferreira do Zêzere, existem 82 painéis de desenhos de Alfredo Keil realizados em vários locais daquele concelho, entre 1896 e 1903. Ali registou a carvão, as paisagens, as gentes, as festas e romarias, o povo e o trabalho agrícola, o Zêzere, os monumentos e as casas de habitação.

José Malhoa nasceu nas Caldas da Rainha a 28 de Abril de 1855. Foi estudar para Lisboa aos 8 anos e aos 12 entrou na Real Academia de Belas Artes de Lisboa, onde foi discípulo de Lupi, Prieto, Vítor Bastos e Anunciação. Obtendo no fim de todos os anos o 1º prémio, concluiu o curso em 75. Concorreu a pensionista do estado no estrangeiro em 74 e 75, mas ambos os concursos foram anulados. Desiludido e decidido a não mais pintar, partiu "pincéis e paleta" e empregou-se como caixeiro na loja de confeções do irmão. Ao fim de seis meses, porém, começou a pintar "A Seara Invadida" (coleção particular) nos intervalos das refeições. Apresentou este quadro numa exposição em Madrid, obtendo grande sucesso. Acusado por uma senhora que o vira em Madrid de não aproveitar o seu talento nem o mostrar em Portugal, abandonou a loja onde trabalhara três anos para se dedicar definitiva e exclusivamente à pintura. As paisagens que pintava eram marcadas inicialmente pelos ensinamentos de Anunciação tendo-se aberto posteriormente à estética de Barbizon, embora nunca lá tenha estado. Foi nesse espírito naturalista que começou o longo percurso de exaltação da cor e da luz de Portugal, que traçou apaixonadamente, numa linguagem muito própria. Ainda nos anos 90 instalou em Figueiró dos Vinhos a sua segunda residência – o "Casulo" – onde, fascinado pela luminosidade local, realizou grande parte das cenas rurais que o celebrizaram. Malhoa foi pintor de paisagens, cenas de género ou de costumes, retratos, nus, saltando de um género para outro sem a mínima preocupação ideológica ou de estilo. Alegre e comunicativo, criou numa visão descontraída e otimista da vida uma imensa obra que o popularizou e na qual o país encontrou identidade. Recebeu encomendas de composições históricas para diversos locais entre outros, para o Supremo Tribunal de Lisboa, a Câmara Municipal de Lisboa, o Palacete Lambertini, o Palácio Burnay e o Museu de Artilharia de Lisboa. Além dos retratos das gentes do povo que figuram nos quadros de género, pintou inúmeros retratos da aristocracia. Foi um dos fundadores do Grupo de Leão, criado em 1880, e foi presidente da Sociedade Nacional de Belas Artes desde 1918. Condecorado inúmeras vezes e distinguido com diversos títulos em Portugal e no estrangeiro, viu em vida avançar o projeto de um museu com o seu nome, que seria inaugurado seis meses após a sua morte. Morreu em Figueiró dos Vinhos a 26 de Outubro de 1933.

Túlio da Costa Vitorino nasceu em Cernache do Bonjardim a 14 de Dezembro de 1896. Filho do abastado proprietário e político republicano, Alfredo Vitorino da Silva Coelho e de Alice Dias Costa, Túlio Vitorino frequentou os primeiros estudos em Cernache do Bonjardim antes de rumar a Lisboa para ingressar na Escola Industrial Afonso Domingues.
O amigo e também pintor José Malhoa aconselhou-o depois a matricular-se na Escola de Belas-Artes de Lisboa, onde foi aluno de Columbano Bordalo Pinheiro, uma das suas principais influências. Nas férias em Cernache, entretinha-se a pintar e a desenhar os cenários para as peças de teatro, levadas à cena por actores amadores. Concluiu o curso na Escola de Belas-Artes do Porto, em 1919, tendo-se cruzado com outro dos seus grandes mestres, João Marques de Oliveira. Leccionou depois Desenho em alguns estabelecimentos de ensino, mas a paixão pela pintura estava já no topo das suas prioridades.
Os seus quadros foram apresentados em diversas exposições colectivas até que, em Junho de 1929, inaugurou a sua primeira exposição individual, na cidade de Castelo Branco.
As suas paisagens e figuras de tipo regionalista foram muito apreciadas e o seu estilo pictórico começava a afirmar-se. Nos anos seguintes, realizou inúmeras exposições por todo o país, em cidades como Lisboa, Porto, Coimbra ou Tomar, e também no estrangeiro.
Em Novembro de 1963, inaugurou a sua última exposição, realizada na Sociedade Nacional de Belas-Artes, em Lisboa. Com uma saúde já bastante debilitada recebeu, em 1964, o convite para sócio da International Arts Guild. Faleceu na sua casa-ateliê, em Cernache do Bonjardim, em 23 de março de 1969.
Alguns dos seus quadros estão hoje expostos em vários museus nacionais, como o Museu Nacional Soares dos Reis, Museu José Malhoa, Museu do Chiado ou o Museu Nacional Machado de Castro.

Exposição da artista visual Margarida Girão quer “dar voz” à população do Bravo

Sld-InaugExpBravoMute   A população do Bravo esteve em bom número, no passado sábado, na inauguração da exposição da artista visual Margarida Girão, intitulada «Mute». A exposição encontra-se patente até ao final de novembro na Casa do Povo daquela aldeia da freguesia de Pedrógão Pequeno. A cerimónia de inauguração contou com a presença de Carlos Miranda, presidente do Município da Sertã.

Esta mostra resultou de uma residência artística de Margarida Girão no Bravo, onde a artista interagiu e registou em fotografia e vídeo as rotinas dos habitantes desta localidade, "principalmente das mulheres que ainda trabalham na agricultura e cuidam dos seus familiares".

 

Durante a inauguração, Margarida Girão chamou a atenção para "a importância deste tipo de intervenções no território, que permitem valorizar as pessoas e celebrar a resiliência e força destas mulheres. E em tempos de bandeiras ao alto sobre o empoderamento feminino, estas mulheres deram-me uma lição sem holofotes de redes sociais". E acrescentou: "Temos de dar voz a esta gente, por isso resolvi, de forma algo provocatória, dar o título de «Mute» a esta exposição". "O Bravo tem muito para dar, assim como muitas outras aldeias. Temos apenas de estar atentos e ouvir o que têm para nos dizer", sublinhou Margarida Girão.

Carlos Miranda, presidente do Município da Sertã, destacou "o trabalho de enorme qualidade da artista", sublinhando ainda que "a forma como a população do Bravo acolheu e participou neste trabalho mostra que uma das maiores riquezas do nosso concelho são as suas pessoas". "E é com as pessoas de todos os lugares do concelho, por mais afastados que estejam, que queremos continuar a trabalhar para construir o futuro", acrescentou.

O autarca lembrou ainda "a aposta do Município na cultura e na sua descentralização pelo território. Esta residência artística foi feita no âmbito da Maratona de Leitura, um dos melhores exemplos de que estamos a construir um concelho diferente e mais inclusivo". Também presente nesta cerimónia esteve o presidente da Junta de Freguesia de Pedrógão Pequeno, Manuel Dias, que deixou palavras de elogio à exposição e à artista visual, notando "o potencial deste e de outros locais na afirmação cultural do município da Sertã".

Presidente assinalou início de ano letivo com visitas às escolas do concelho

Sld-PVEscolas   Carlos Miranda, Presidente da Camara Municipal da Sertã, assinalou o início do ano lectivo com visitas à Escola Secundária da Sertã, Escola Tecnológica e Profissional da Sertã e Instituto Vaz Serra em Cernache do Bonjardim. Na passada sexta-feira, 15 de setembro, o autarca visitou a Escola Secundária da Sertã, que neste início de ano letivo regista o regresso das aulas àquele edifício após anos de trabalhos de requalificação.

 

Para além da construção de dois blocos de betão (na zona nascente e na zona central) para reforço estrutural do edifício, também o antigo pavilhão foi demolido e reconstruído e foi construído um campo de jogos com cobertura. Durante a visita, José Carlos Fernandes, Diretor do Agrupamento de Escolas da Sertã, visivelmente satisfeito por regressar "a casa", destacou as melhorias decorrentes das obras, sublinhando que a "fragilidade do edifício foi transformada em força".

Carlos Miranda mostrou-se "bastante agradado por finalmente termos as aulas novamente neste edifício da Escola Secundária da Sertã". "Não poderia deixar de assinalar o início do novo ano lectivo e quis fazê-lo neste espaço precisamente para registar que, ao fim de tantos anos e tantas dificuldades, temos finalmente a Escola Secundária da Sertã a funcionar, que tanta falta tem feito à nossa comunidade. Do ponto de vista estrutural, o edifício está mais do que preparado, o reforço foi bastante significativo, tratando-se agora de um edifício, do ponto de vista de riscos sísmicos, absolutamente seguro", acrescentou o autarca. Para além do reforço estrutural, Carlos Miranda destacou também "outros melhoramentos que vão permitir aos alunos melhores condições de ensino e aprendizagem, (...) como as salas e equipamentos, que fazem com que este edifício tenha todas as condições para que possamos ter aqui um excelente ambiente e os alunos possam ter excelentes resultados.". O autarca relembrou que as obras decorreram em duas fases, num investimento considerável totalizando cerca de 3 milhões de euros.
Relativamente à antiga residência de estudantes, que albergou temporariamente as aulas, "a minha intenção é que seja finalmente uma residência", referiu o Presidente da Câmara, deixando nota de que "temos que ver os meios financeiros que temos e avaliar juntamente com a quantidade de obras e projetos que queremos concretizar no concelho, para avaliar quando será a melhor oportunidade para intervencionar a residência". José Carlos Fernandes referiu que há a necessidade de melhorar outros espaços da escola que não foram abrangidos, nomeadamente "o interior das salas de electricidade", estando a aguardar o surgimento de programas de financiamento.
No que diz respeito ao número de alunos, Carlos Miranda destacou o aumento registando no ano anterior e novamente neste ano, tendo-se invertido a "tendência dos últimos 30 anos que era a perda progressiva de alunos. Este ano o Agrupamento de Escolas da Sertã já tem mais 70 alunos do que no ano passado, e provavelmente esta tendência de subida irá continuar". O autarca explicou este aumento pela fixação da comunidade migrante que traz novos alunos para as escolas, assim como "alunos de outros concelhos que vêm à Sertã à procura desta resposta de qualidade que aqui temos" e casais jovens que regressam às suas origens. Para além do Agrupamento de Escolas da Sertã, Carlos Miranda sublinhou o bom funcionamento e crescimento de outras escolas do concelho, destacando o Instituto Vaz Serra e a Escola Tecnológica da Sertã, "fazendo com que a Sertã se afirme cada vez mais como um grande centro educativo na região".

Já na segunda-feira, dia 18 de setembro, Carlos Miranda visitou a Escola Tecnológica e Profissional da Sertã e o Instituto Vaz Serra em Cernache do Bonjardim. O autarca aproveitou a visita para formular votos de um "excelente ano lectivo a toda a comunidade educativa do concelho, nomeadamente do Agrupamento de Escolas da Sertã, Escola Tecnológica e Profissional da Sertã e Instituto Vaz Serra. Que consigamos ultrapassar as dificuldades e consolidar cada vez mais um ensino de excelência no concelho", finalizou.

Câmara da Sertã garante funcionamento de escolas do 1.º ciclo e jardins-de-infância entre as 7h30 e as 19h30 - Inscrições abertas

Sld-TA-InscAbertas   Dado o sucesso registado no ano anterior, a Câmara da Sertã volta implementar o programa de apoio à família, nas escolas do 1.º ciclo e jardins-de-infância públicos do concelho, que funcionarão entre as 7h30 e as 19h30. Entre as 17h30 e as 19h30, o acompanhamento das crianças será assegurado por técnicos ao serviço do Município e pessoal contratado para o efeito, através do projeto "Tempo de Acolher". O objetivo passa por garantir o acompanhamento de crianças e alunos nos períodos diários pós-letivos, através de um programa de atividades de carácter educativo, cultural, desportivo, ambiental e lúdico, contribuindo para a promoção do seu desenvolvimento integral.

 

Os custos do desenvolvimento deste programa serão pagos pela câmara municipal e pelos pais, que suportarão uma pequena parte, em função do seu rendimento.

Para Carlos Miranda, Presidente da Câmara Municipal, este programa constitui uma medida essencial de apoio às famílias e à natalidade no concelho. Para o autarca, "muitos pais, em função da sua vida profissional, tinham grandes dificuldades em ficar com as suas crianças no final do horário letivo e, com este programa, a Câmara Municipal soluciona este problema de uma forma justa e equilibrada, proporcionando um acompanhamento profissional aos alunos até às 19h30."

Os interessados em inscrever-se neste prolongamento de horário, entre as 17h30 e as 19h30, deverão realizar a inscrição, preenchendo o requerimento (disponível abaixo) e entregando presencialmente no Balcão de Atendimento Único da Câmara Municipal da Sertã ou enviando para Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. .

 

Requerimento Tempo de Acolher (258 Kb)

Normas de Funcionamento - Projeto Tempo de Acolher (647 kb)

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